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Maduro anuncia aumento de 300% no salário mínimo na Venezuela

Valor foi de cerca de R$ 19 para aproximadamente R$ 77, o que mantém 4 milhões de trabalhadores em situação de pobreza extrema

G1

15/01/2019 02h42 - atualizado em 15/01/2019 02h44

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante seu discurso anual à nação perante membros da Assembleia Constituinte, em Caracas, na segunda-feira (14) — Foto: AP Photo/Ariana Cubillos

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante seu discurso anual à nação perante membros da Assembleia Constituinte, em Caracas, na segunda-feira (14) — Foto: AP Photo/Ariana Cubillos

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (14) um aumento de 300% no salário mínimo, que passou de 4,5 mil para 18 mil bolívares, além de garantir que seu governo continuará a assumir o pagamento das relações de funcionários de empresas privadas para evitar que esta alta alimente a inflação.

Com este aumento, o salário mínimo subiu US$ 5,22 (cerca de R$ 19) para US$ 20,9 (cerca de R$ 77), segundo a taxa oficial de câmbio, o que mantém os quase 4 milhões de trabalhadores que o recebem em situação de pobreza extrema pela classificação das Nações Unidas.

Maduro fez os anúncios durante seu discurso anual à nação, que aconteceu em frente à Assembleia Nacional Constituinte (ANC), formada apenas por congressistas governistas e não reconhecida por diversos países.

Durante o mesmo discurso, Maduro falou ainda sobre a chegada de novos médicos ao país.

"Nas próximas semanas deve estar chegando um reforço da Alba, de Cuba, com a chegada de 2 mil médicos comunitários que vêm de Cuba, direto do Brasil. De dançar samba a dançar joropo (gênero musical venezuelano)", disse Maduro, que acrescentou que devem chegar outros 500 médicos especialistas de Cuba também. "Convoco as comunidades a fazerem uma grande festa", disse.

 

'Mão de ferro'

 

Também perante a Constituinte, Maduro criticou a breve detenção do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, no domingo, o que chamou de "um show midiático".

O oposicionista foi detido por agentes do serviço de inteligência venezuelana (Sebin) e, segundo sua mulher e parlamentares de seu partido, liberado alguns minutos depois. A ação ocorreu numa rodovia que sai da capital Caracas em direção a La Guaira.

Segundo Maduro, os funcionários (da Sebin) que se prestaram a esse papel são "traidores" e tiveram sua destituição ordenada imediatamente.

"Vou agir contra qualquer funcionário que trai o juramento público. Mão de ferro para a corrupção! Mão de ferro para a traição! Eu não vou tremer com ninguém. Ficaremos mais fortes a cada demonstração", disse o presidente.

 

No domingo, o vice-presidente venezuelano, Jorge Rodríguez, já havia dito à TV estatal que os agentes que detiveram Guaidó haviam atuado de maneira "unilateral" e "arbitrária". Ele disse também que os agentes haviam sido destituídos e submetidos a um processo disciplinar.

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