Fim de uma era em Buritis: Bradesco fecha agência, e a digitalização reconfigura o acesso bancário

A notícia do fechamento da agência do Bradesco em Buritis,  acende um alerta sobre as mudanças profundas que o setor bancário brasileiro vem atravessando. Embora o banco não divulgue os motivos específicos para cada encerramento de unidade, a decisão em Buritis se alinha a uma tendência nacional de reestruturação impulsionada principalmente pela digitalização dos serviços financeiros e pela busca por maior eficiência operacional.

Manter uma agência física é caro. Aluguel, manutenção, segurança, e folha de pagamento de funcionários representam despesas significativas. Ao fechar unidades com baixa demanda, os bancos conseguem redirecionar esses recursos para outras áreas mais estratégicas, como o desenvolvimento de novas tecnologias e a capacitação de equipes para o ambiente digital.

Impactos Para a Comunidade de Buritis

O fechamento de uma agência bancária em uma cidade como Buritis, que pode ter uma economia mais voltada para o setor primário e uma população com menor familiaridade com a tecnologia, gera preocupações e impactos diretos:

• Exclusão Financeira: Clientes idosos, pessoas com dificuldades de acesso à internet ou com menor letramento digital podem ter sua inclusão financeira comprometida, já que dependem mais do atendimento presencial para suas operações bancárias.
• Impacto no Comércio Local: Agências bancárias atraem um fluxo de pessoas para a região onde estão localizadas, o que beneficia o comércio do entorno. O fechamento pode reduzir essa movimentação, impactando pequenos negócios que dependiam desse fluxo.
• Questões de Emprego: O encerramento das atividades de uma agência, muitas vezes, implica em demissões ou transferências de funcionários, gerando incerteza e impacto social para os bancários e suas famílias. Sindicatos da categoria em Rondônia e em todo o país têm protestado contra essa política de fechamento e demissões.